Site icon Jornal O Regional

Dia do Enfermeiro marca a importância do trabalho desses profissionais

Dia 12 de maio foi o Dia Internacional do Enfermeiro, data que faz homenagem ao nascimento da mulher considerada fundadora da enfermagem, há 201 anos. Embora não tenha enfrentado nenhuma pandemia, Florence Nightingale socorreu soldados na Guerra da Crimeia, no século 19.

Por ter uma rotina com muito sangue, a enfermeira notou que os soldados morriam mais de infecções do que dos ferimentos, por conta do ambiente sujo. Florence mandou a tropa cuidar da higiene, palavra que era desconhecida na época. A enfermeira acabou sendo responsável por salvar vidas, se tornando uma heroína.

Florence Nightingale era a maior defensora do hábito de lavar as mãos sempre que possível. Ela ficou doente, acamada e isolada. Escreveu um livro, que pouco tempo depois se tornou referência na área da saúde e morreu aos 90 anos de complicações por uma infecção.

Em Piên, a enfermeira Georgia Luciana de Oliveira atua no município há 20 anos. Durante todo esse tempo, já trabalhou em todos os bairros do município e vivenciou muitos momentos, os quais passaria alguns longos dias contando o que a encantou diante da profissão.

“Nesses 20 anos de trabalho, conheci muitas pessoas que me marcaram. Pacientes que me trouxeram muitas alegrias, mas também alguns que me trouxeram muitas lágrimas através dos sofrimentos que passavam”, diz Georgia.

No começo da profissão, quando perdia um paciente, a enfermeira demorava para se restabelecer, tendo que se manter forte diante dos familiares. Mas quando saía de cena, não tinha como conter as lágrimas.
“Não foi um e nem dois pacientes que tocaram o meu coração. Isso não quer dizer que me tornei insensível, mas hoje eu consigo lidar melhor com essas situações. Todos os pacientes são únicos e cada um de um jeitinho especial. Às vezes temos que tratar com o nervosismo do familiar, a dor e até mesmo com a impaciência”, afirma a enfermeira.

Georgia comenta que apesar das dificuldades do dia a dia, jamais imaginou enfrentar uma pandemia. O que dificulta o trabalho de todos os profissionais, por conta da rotina exaustiva.

“Quando eu pensei que já havia passado por tudo diante dos anos de profissão, veio essa terrível pandemia, para nos mostrar que as coisas ainda poderiam piorar. Como se não bastasse termos que ficar sem tocar nos pacientes, sem dar um abraço para confortar alguém, ainda perdemos pacientes tão queridos para a Covid-19”, desabafa.

Nesse último ano, a enfermeira diz que perdeu muitos pacientes para o coronavírus, a deixando inconformada e triste, pelo fato de não poder se despedir. “Perdemos a mãe de colegas de trabalho, o pai de alguém, o amor de alguém, o filho de alguém. Tudo isso é muito doloroso”, comentou.

Sair da versão mobile