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Crack avança e municípios ficam em alerta no combate ao entorpecente

Considerado um dos mPrintaiores problemas sociais em todo o país, o consumo de drogas ilícitas ainda é um grande mal a ser combatido em território nacional. Entre as principais substâncias em circulação estão maconha, cocaína e crack, este último considerado um dos mais prejudiciais à saúde humana.

Recentemente, o Observatório do Crack, portal ligado à Confederação Nacional dos Municípios (CNM), revelou que o entorpecente está cada vez mais disseminado em pequenas cidades e áreas rurais, apontando o nível dos problemas relacionados ao consumo de crack. Na região, a grande maioria dos municípios que compõem o suleste paranaense apresenta nível médio, no entanto, Campo do Tenente é o único município onde este índice chega a escala ‘alta’.

Buscando oferecer auxílio às famílias e dependentes químicos foi criado em Campo do Tenente o Comitê Gestor Inter Setorial Municipal de Saúde Mental. “Há uma equipe multidisciplinar de atendimento aos familiares e usuários, com palestras, debates e capacitações. As drogas causam destruição e a grande maioria das famílias só percebe a realidade quando já está em um estágio bem avançado”, explicou o psicólogo e presidente do comitê, Gilson Antonio Arruda, destacando alguns resultados obtidos com o trabalho no município. “Com o comitê já conseguimos convênio com uma clínica e atendimento psiquiátrico para os dependentes”, afirmou.

De acordo com o delegado da Polícia Civil da Lapa, Vinicius Fernandes Maciel, o crack é facilmente encontrado na região. “Esta droga é mais utilizada por usuários de classe baixa, com pedras sendo encontradas ao valor de R$ 10,00. O uso dela provoca alucinações e o efeito passa rápido, por isso, em uma noite, a pessoa utiliza facilmente cerca de 10 pedras”, analisa Vinicius. O crack é classificado como altamente perigoso e de vício rápido. “Os efeitos colaterais são severos, sendo que a fisionomia da pessoa que usa esta droga muda muito, onde naturalmente haverá emagrecimento e perda de sono”, explica.

Para o delegado, a principal dificuldade para o combate ao tráfico de drogas está na falta de estrutura policial. “Faltam profissionais para que haja uma investigação mais intensa. Somado a isso, está a lei que é branda e falha, sendo que quando um usuário é pego ele não recebe punição alguma, no entanto, ele ajuda a financiar um sistema criminoso que atinge várias pessoas”, pondera Vinicius, reforçando a importância da aproximação dos pais na vida dos filhos. “As drogas não escolhem classe social e nem faixa etária. Se os responsáveis não estiverem próximos, certamente a criminalidade e as más companhias vão ganhando espaço. É necessário agir antes das coisas terem acontecido”, concluiu Vinicius.

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