Quem tem a visão ampliada desta questão com certeza já pensará em alguns problemas. O Brasil recicla apenas 1,5% das carcaças de carros velhos e abandonados. Este valor torna-se mais assustador quando comparado a Argentina, ao Japão e aos Estados Unidos, por exemplo, com os índices de reciclagem variando de 80% a 95%. Na Dinamarca, Suécia e Noruega, é de 100%.
Precisamos pensar o “passo a diante” desta política de veículos elétricos para que não nos tornemos cemitérios gigantescos de metais e plásticos sem destinação correta.
O lítio (principal componente destas baterias) é menos tóxico que baterias como a de chumbo-ácido, mas também gera impacto ambiental quando o descarte é realizado de maneira incorreta. Esta estrutura da indústria de reciclagem também deve se adequar para que haja a proteção integral do meio ambiente. Atualmente a logística reversa das baterias veiculares tradicionais funciona de maneira bastante controlada e deverá ser replicada para esta nova realidade.
Por fim cabe destaque esta ação dos parlamentares. As mudanças nem sempre são fáceis de serem realizadas, porém esta especificamente, fará muito bem não apenas ao Brasil mas a todo o nosso planeta. O futuro chegou!
Fonte de auxílio: Agência Senado, Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Sindinesfa).
Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec