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Campanha Setembro Amarelo reforça a importância de falar sobre suicídio

Psicóloga Evelin Kalinoski afirma a importância da discussão em torno do suicídio. Foto: Arquivo Pessoal

Mês é marcado por debates e discussões que tratam da valorização da vida das pessoas

O mês de setembro é marcado por ações que visam a conscientização da população em relação ao suicídio. Neste ano a campanha tem como temática “Criando esperança por meio da ação”. A campanha faz um alerta para a tomada de decisões. O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é lembrado no dia 10 de setembro. O tema é coordenado no país pela Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina.

O suicídio é um assunto que deve ser debatido e lembrado em todos os municípios da região. Pois, quem necessita deve sentir-se acolhido pelo atendimento de saúde. De acordo com a psicóloga e responsável pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Fazenda Rio Grande, Evelin Kalinoski, o suicídio é um problema de saúde pública, ou seja, toda população tem o compromisso de promover a prevenção.

Segundo a psicóloga, todas as pessoas estão vulneráveis ao suicídio, mas, ela é mais comum em homens, pessoas entre 15 e 35 anos e idosos. “Toda tentativa de suicídio deve ser entendida como um sinal de alerta, indicando uma forma de sofrimento psíquico. É importante dar atenção, escutar com calma sem fazer julgamentos. Aos familiares é importante vigilância 24 horas, impedir acesso aos meios para cometer suicídio – armas, facas, cordas e remédios e procurar os serviços de saúde de emergência”, descreve a profissional.

De acordo com Evelin, o caminho do suicídio geralmente está relacionado com o pensamento, plano, tentativa e enfim, ao ato. “A tentativa de suicídio está associada a algum transtorno psiquiátrico e 90% é a depressão”, afirma. Segundo a profissional, a causa da depressão é multifatorial e está associada a fatores genéticos, ambientais, culturais, sociais e psicológicos. É uma resposta anormal para acontecimentos estressantes.

Em relação à depressão, a profissional descreve que a doença tem ação química, diminuindo os níveis de serotonina, noradrenalina e dopamina, que fazem a regulação do humor, sono e apetite. Entre os sintomas da doença estão o humor deprimido, insônia, entre outros.

A psicóloga afirma que o risco de suicídio é maior com a presença de sentimentos de desesperança – como “A vida não vale a pena”; Desamparo – “Estou tão sozinho” e Desespero “Queria morrer”. Além do uso de drogas e álcool, que aumenta a impulsividade e a probabilidade de uma tentativa de suicídio.

De acordo com a profissional, nesta fase a pessoa não consegue mais suportar, conviver com a dor, com o sofrimento e não vê mais sentido na vida. Não consegue visualizar alternativa melhor para resolver algum problema do que a própria morte.

Canais de atendimento – Setembro Amarelo. Arte: O Regional
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