Na região, o preço do diesel com o congelamento variava de R$ 2,99 a R$ 3,19. Com o reajuste, o valor pago pelo litro do combustível tem oscilado de R$ 3,32 a R$ 3,49. Na grande maioria dos postos de combustíveis, o acréscimo foi de R$ 0,20 e R$ 0,30. Estes valores são bem próximos dos praticados antes da greve, quando os preços eram de R$ 3,29 a R$ 3,59.
Com este aumento significativo nos valores do diesel, circulou nas redes sociais notícias de que haveriam novas paralisações a partir deste domingo. No entanto, segundo entidades ligadas ao setor, entre elas Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), até o momento não existe indicativo de greve, ao menos, até que as negociações do preço tabela do frete estejam em andamento. Este documento, já apresentado outras duas vezes pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foi duramente criticado pelos caminhoneiros. Ontem foi divulgada a terceira fórmula deste projeto.
Para o gerente da Cooperativa dos Transportadores de Cargas de Piên (Cooperleste), Wilson Fragoso, o reajuste já era esperado, no entanto, o grande percentual surpreendeu. “Antes da greve, a mudança do preço do diesel era praticamente diária, mas em menor escala, variando em até R$ 0,05. Agora, o acréscimo foi de R$ 0,30 em uma única vez e não temos a menor garantia que haverá uma estabilidade”, lamenta Wilson, esperando mudanças com a nova tabela do preço dos fretes. “Se este documento for elaborado por pessoas do segmento e atenda às necessidades dos motoristas, certamente ajudará bastante se houver a fiscalização necessária. O que não pode é os custos subirem de forma desenfreada e os caminhoneiros terem que suportar todo esse ônus sozinho”, avalia. Ainda segundo Wilson, a única medida cumprida e que beneficiou os motoristas da região é a não cobrança de pedágio do eixo que estiver suspenso, o que anteriormente já era previsto em lei.