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Atendimento bancário encolheu e prejudica clientes na região

Diversas agências na região foram vítimas dos bandidos, entre elas o Itaú de Agudos do Sul. Foto: DivulgaçãoAs explosões de agências bancárias na região tiveram uma significativa diminuição em 2017. Segundo levantamento realizado por este semanário, no ano passado foram contabilizadas 7 ocorrências desta natureza, contra 12 registradas em 2016.

Somando todos os 19 ataques neste período, em 11 os bandidos obtiveram sucesso e levaram uma certa quantia em dinheiro. O município de Mandirituba é o que tem mais registros com 7 ocorrências, seguido por Fazenda Rio Grande, Piên e Quitandinha, cada um com 3, enquanto que Agudos do Sul, Campo do Tenente e Lapa tiveram 1 caso cada.

Com a onda de assaltos e explosões em agências bancárias da região, algumas instituições optaram por encerrar ou reduzir algumas atividades. Com isso, consequentemente, os clientes foram prejudicados. Muitas pessoas que tinham conta em determinado banco deixaram de ter sua agência na cidade. Outro fator foi a redução de dinheiro para saques nos caixas-eletrônicos. Os bancos limitaram o abastecimento de valores e geralmente há falta de dinheiro, deixando muitos clientes sem o serviço.

Para o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, a diminuição no número de explosões às agências se dá exatamente em virtude da redução dos serviços. “Além do atendimento reduzido no período noturno, tivemos o fechamento de várias unidades após os ataques. Outro ponto é que os caixas eletrônicos em estabelecimentos comerciais ou empresas praticamente não existem mais”, relata a assessora de comunicação do sindicato, Marcela Alberti.

Paralelo a estas mudanças, teve ainda a diminuição de dinheiro nos caixas eletrônicos. “Antes, os bancos utilizavam, na grande maioria das vezes, toda a cota de R$ 350 mil que é o limite destes espaços. Agora, é depositado uma cota mínima, o que faz com que os clientes não tenham dinheiro em espécie para sacar, principalmente aos finais de semana”, pontua. Neste período, os bancos também investiram de forma considerável nas operações pela internet.

O sindicato alerta ainda para a mudança de foco dos criminosos. “Em um primeiro momento, os caixas eletrônicos eram os locais mais atacados. Posteriormente, com o desabastecimento desses pontos, passou-se para os cofres. Agora está crescente o número de assaltos às agências e ataques aos carros fortes”, alerta Marcela, analisando o panorama atual. “É necessário um serviço de inteligência mais eficaz para coibir a ação das quadrilhas. Acreditamos que a redução no número dos ataques se dá mais em virtude da diminuição do atendimento, o que acaba penalizando também a população”, pontua.

De acordo com o comandante do destacamento da Polícia Militar de Mandirituba, Sargento Horning, o aumento no poder de fogo da polícia também ajudou a inibir os ataques a bancos. “Com a destinação do fuzil 556 para os policiais, temos condições de revidar qualquer injusta agressão. As agências também investiram em dispositivos de segurança, o que também favorece”, salienta.

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