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ANTT anuncia duas obras em Mandirituba e pedágio deve aumentar em R$ 3

Praça de pedágio da BR 116 pode ter valor reajustado

Audiência pública realizada nesta semana motivou várias queixas de lideranças políticas e empresariais das cidades da região

 

O preço do pedágio entre Fazenda Rio Grande e Mandirituba pode ter o valor reajustado. O reajuste de R$ 3,61 se deve, segundo a Agencia Nacional de Transporte Terrestre – ANTT, pela previsão de 19 obras na rodovia, que consequentemente devem impactar o valor da tarifa. Até o momento essas obras não tem data para começar, nem o reajuste do pedágio, mas já foram motivo de debate em audiências realizadas pela agência, a mais recente delas ocorreu na última terça-feira, em Curitiba.

O trecho de concessão compreende toda a extensão entre Curitiba e Lages, em Santa Catarina, e das 19 obras previstas, 15 estão no trecho do Paraná, porém, a grande maioria delas, um total de 11, são implantação de radares. Obra civil mesmo apenas dois trechos de duplicação de 6 quilômetros no distrito de Areia Branca dos Assis e de 4 quilômetros em Mandirituba.

Na audiência pública dessa semana foram vários os questionamentos realizados por representantes do Governo do Estado e de todos os municípios da região. O presidente da Comec, Gilson Santos, destacou que a BR 116 se tornou um gargalo na ligação com Curitiba e a atual estrutura não comporta mais o grande fluxo de veículos, especialmente no trecho entre Fazenda Rio Grande e a capital. “Se não existir uma ação conjunta dos poderes envolvidos, vamos paralisar, não há mais capacidade de trafego nesta região”, enfatizou.

O secretário de Obras de Fazenda Rio Grande, Caio Szadkoski, reclamou que a cidade possui hoje a maior demanda de veículos e não foi contemplada com nenhuma obra nesta revisão quinquenal do contrato da concessão. Muitas reclamações partiram de lideranças de Mandirituba, vereadores e empresários, questionaram a falta do viaduto no trevo principal da cidade, obra que estava prevista para 2017 e até agora não saiu do papel, e um acesso ao Distrito Industrial. Curiosamente, a empresa Autopista Planalto Sul promoveu a duplicação da rodovia e não previu entrada e saída do distrito, inviabilizando o local que é o principal gerador de emprego e renda da cidade. O secretário de Administração da prefeitura, Alysson Quadros, disse que a população cobra sistematicamente por essas obras e que o município sofre por ter em seu território a praça de pedágio.

O secretário de Obras de Rio Negro, Edson Luiz Guenther, explicou que houve uma nova configuração do movimento da rodovia a partir do fechamento da empresa Souza Cruz e da ampliação das atividades de outras empresas do setor, e que existe urgência desse entendimento para atender o município com obras que garantam mobilidade e segurança. Neste sentido o vereador e presidente da Câmara de Quitandinha, Eleandro Galo, também cobrou melhorias no acesso a cidade e a implantação de vias marginais no trecho urbano.

Existe expectativa de que os municípios da região recorram a Justiça se o aumento do pedágio acontecer e as obras previstas no contrato e de emergência não sejam confirmadas. No entanto, como as revisões de contrato só acontecem de cinco em cinco anos, é provável que mais uma vez a expectativa da região seja frustrada.



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