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Alunos buscam alternativas para perdas com a greve

Manuella utilizou o período sem aulas para reforçar os estudos por conta/Foto: O RegionalA greve dos professores da rede estadual de ensino, ocasionada pelo desentendimento entre a classe e o governo, já causa uma série de transtornos. E os mais prejudicados com tudo isso acabam sendo os alunos, que estão sem aulas e se mostram preocupados quanto à reposição das atividades.
Nesta semana, houve reunião sobre o reajuste dos servidores estaduais, a qual terminou sem acordo. Com a indefinição sobre o reinício das aulas, alguns colégios da região decidiram retomar as atividades. Um exemplo é o Colégio Frederico Guilherme Giese, de Piên, que reiniciou as aulas na quarta-feira.
Com um período sem aulas de um mês e meio – se somados os dois períodos de greve – a preocupação maior é para os alunos do 3º ano do ensino médio. Isto porque podem ficar prejudicados quando da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares, pois, mesmo com as reposições, é difícil que o conteúdo esteja equilibrado até lá.
É o caso da aluna pienense Manuella Ritzmann, do colégio Frederico, que dedicou períodos de estudo em casa durante a greve, para que todo o tempo não fosse perdido. “Mas mesmo assim, nem sempre é o suficiente do que com um professor”, pondera ela, que visa o ensino superior e que demonstrou certo alívio com o reinício das aulas onde estuda. A formatura também é outra preocupação dos alunos da turma.
O Colégio Rui Barbosa, de Agudos do Sul, também está em atividade. As aulas já haviam sido reiniciadas com todos os professores na semana passada. Segundo a direção, um representante da APP-Sindicato, que representa a categoria, esteve no estabelecimento e quatro educadores aderiram novamente à paralisação. “As reivindicações merecem a luta dos educadores, mas pensamos na reposição de conteúdo aos alunos”, declara a diretora, Keila Fagundes.
A diretora conta que uma professora realiza um trabalho voluntário de preparação para o Enem, com contribuição de outros educadores. Com a greve, a adesão dos alunos do terceiro ano ao projeto foi boa. Outros também procuram cursos pagos.

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