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A necessidade de repensarmos a mobilidade

No ano de 1769 presenciamos a invenção do motor a vapor em veículos com capacidade de transporte humano. Já em 1807 tivemos os primeiros veículos movidos por motor à combustão e 1885 à gasolina. Estas invenções humanas revolucionaram a maneira como as pessoas se deslocavam entre pequenas, médias e longas distâncias. Em 1895, o primeiro ônibus movido por motor à explosão foi criado por Karl Benz.

Paralelamente aos avanços motorizados surge na França, em 1818, uma primeira versão de um veículo ainda sem pedais que por muitos é considerado o precursor da bicicleta. Em 1840, um ferreiro escocês chamado Kirkpatrick Macmillan adaptou um pedal a roda traseira, mas foi em 1855 que o francês Pierre Michaux desenvolveu o velocípede, que é considerado a primeira bicicleta moderna.

Em todas estas invenções encontramos o desejo das pessoas em deslocar-se com rapidez e segurança. Analisando os índices de acidentes de trânsito podemos verificar que estamos longe de termos segurança em nossos deslocamentos. A Organização Mundial da Saúde estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito do mundo em 2020 e 2,4 milhões, em 2030. O Brasil é o quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, antecedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.

Segurança no trânsito passou a ser questão fundamental em qualquer gestão seja ela na instância federal, estadual ou municipal. Precisamos estabelecer políticas públicas que garantam a segurança dos ciclistas e o conforto e equilíbrio econômico do transporte público. Planejamento urbano faz-se pensando também na mitigação de acidentes e mortes garantindo o direito essencial de ir e vir de todo cidadão. Esta ação tem repercussão direta na qualidade de vida ambiental, social e econômica da administração pública e de seus cidadãos.

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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